Quanto tempo leva para lançar um MVP em grandes empresas?

Descubra quanto tempo leva para lançar um MVP em grandes empresas, o que atrasa esse processo e como acelerar entregas com estratégia e foco.

11/4/20256 min read

No mercado de produtos digitais, o termo MVP se popularizou como sinônimo de velocidade, teste e validação. Um Minimum Viable Product deveria ser o caminho mais curto entre uma ideia e um aprendizado de mercado. Porém, quando o cenário muda da startup para a grande empresa, o mínimo deixa de ser viável e o produto passa longe de ser rápido.

O que era para ser um experimento com foco em aprendizado vira, muitas vezes, uma entrega com escopo inchado, dependências múltiplas e prazos que ultrapassam o necessário. Por isso, entender o que realmente determina o tempo de lançamento de um MVP em ambientes corporativos é essencial para fazer diferente.

MVP não é uma versão simplificada

Antes de calcular prazos, é importante esclarecer o conceito. Um MVP não é uma versão pobre do produto final. Também não é um protótipo que só funciona em apresentação. O MVP é uma versão funcional mínima, capaz de gerar aprendizado real com usuários reais, o mais rápido e barato possível.

Esse entendimento é chave dentro de empresas que possuem estruturas complexas. O MVP precisa entregar valor suficiente para validar uma hipótese, e não para resolver tudo de uma vez. Quando se tenta fazer do MVP uma prévia completa do produto, o escopo cresce, o tempo estoura e o risco aumenta.

Por que o MVP demora mais em grandes empresas?

Enquanto startups conseguem lançar MVPs em quatro a oito semanas, nas grandes empresas o tempo médio fica entre três e nove meses. Essa diferença não tem relação direta com capacidade técnica, mas sim com o ambiente em que o MVP precisa nascer.

É comum que o MVP corporativo precise passar por processos de aprovação longos, envolver times jurídicos, seguir padrões de segurança rígidos, integrar com sistemas legados e alinhar expectativas com diversas áreas de negócio. Cada etapa adiciona complexidade. Cada stakeholder traz um novo requisito. E a entrega que deveria testar uma hipótese se transforma em um projeto de médio prazo.

O dilema do escopo: o que é mínimo?

Grande parte dos atrasos em MVPs vem da falta de alinhamento sobre o que precisa ser entregue. Para o time de produto, o mínimo pode ser uma jornada que valide interesse. Para o time de engenharia, uma arquitetura estável. Para o jurídico, conformidade total. Para o marketing, uma solução já comunicável.

Sem um critério objetivo sobre o que está sendo testado, cada área define o “mínimo” a partir da sua própria ótica. O resultado é um MVP com tantas camadas que deixa de cumprir sua função original. Grandes empresas que conseguem reduzir o tempo de entrega costumam definir com precisão qual hipótese será validada, com qual recorte de público e qual recorte de funcionalidade.

MVP nem sempre exige desenvolvimento de software

Outro fator que pode acelerar muito o lançamento de um MVP é desconectar a ideia de que ele precisa necessariamente envolver código. Em muitos casos, uma página de pré-cadastro, um formulário com backoffice manual, um protótipo navegável ou uma ferramenta no-code são suficientes para validar hipóteses de interesse, comportamento ou intenção de compra.

A vantagem desse modelo é evitar dependência de infraestrutura, liberar o time técnico para desafios mais estratégicos e testar com usuários reais em questão de dias. O importante não é construir uma solução escalável, mas descobrir se a ideia merece ser escalada.

O papel da cultura e da liderança na velocidade do MVP

O tempo de entrega de um MVP não depende apenas da squad. Ele depende do ambiente em que a squad opera. Se a cultura da empresa exige perfeição desde a primeira entrega, se cada área tem poder de veto sem responsabilidade de construção ou se os erros são punidos com rigor, a velocidade do time será proporcional ao medo de errar.

Empresas que valorizam experimentação, aprendizado e ciclos curtos criam um espaço onde é possível testar, errar e ajustar sem travar. A liderança tem papel fundamental nesse processo, garantindo proteção para que o time possa entregar valor mesmo que o caminho envolva revisões.

Como acelerar o MVP em grandes empresas?

Reduzir o tempo de entrega de um MVP não é tarefa trivial, mas é perfeitamente possível com algumas decisões estratégicas. Uma das mais eficazes é a criação de squads temporários dedicados exclusivamente ao MVP. Esses times devem operar com autonomia, fora do fluxo tradicional de produto, e com liberdade para escolher tecnologias e abordagens mais ágeis.

Outra prática eficaz é reduzir a dependência de times core, utilizando ambientes isolados, integrações mínimas e ferramentas que permitam montar o experimento sem travas. Além disso, envolver áreas como jurídico e segurança desde o início, com uma abordagem orientada a viabilizar, e não a bloquear, pode fazer toda a diferença.

Empresas como Itaú, Natura, BTG Pactual e outras já demonstraram que é possível lançar MVPs em menos de quatro semanas. A chave está em focar em hipóteses bem definidas, escopo controlado, usuários reais e validação constante.

MVP não é sobre velocidade

Muitas discussões sobre MVP focam no tempo, mas a pergunta mais importante não é quanto tempo leva para lançar, e sim quanto tempo leva para aprender. O verdadeiro valor de um MVP está na capacidade de gerar informação útil, com baixo custo e rápido retorno.

Um MVP bem-sucedido não é aquele que tem mais funcionalidades, mas sim aquele que responde com clareza se a ideia funciona no mundo real. E essa clareza não precisa de seis meses. Precisa de foco no que realmente importa.

Perguntas para o nosso CTO...

Quanto tempo leva para lançar um MVP em uma grande empresa?
O tempo médio varia entre três e nove meses, dependendo da estrutura interna. Com squads ágeis e foco claro, esse prazo pode cair para quatro a oito semanas.

Por que o MVP demora tanto nas grandes empresas?
Processos burocráticos, padrões rígidos de segurança, múltiplas áreas envolvidas e falta de consenso sobre o escopo mínimo são os principais motivos.

Dá para lançar MVP sem escrever código?
Sim. Em muitos casos, ferramentas no-code, protótipos navegáveis e formulários simples já permitem validar hipóteses com usuários reais..

O que mais ajuda a acelerar MVPs em grandes empresas?
Times dedicados, escopo reduzido, autonomia técnica, uso de ferramentas ágeis e uma cultura que prioriza aprendizado sobre perfeição.

MVP precisa passar por jurídico e compliance?
sim, é importante envolver essas áreas para garantir segurança e evitar riscos. O foco deve ser viabilizar e não impedir.

Quais erros devem ser evitados ao criar um MVP corporativo?
Excesso de escopo, foco em tecnologia antes de entender a hipótese, falta de validação com usuários reais e medo de lançar algo imperfeito.

Grandes empresas têm todas as condições para testar com velocidade. O desafio está em remover as barreiras invisíveis que transformam o MVP em um projeto complexo.

Com alinhamento entre áreas, clareza sobre o valor a ser testado e abertura para errar pequeno e corrigir rápido, o tempo de entrega de um MVP pode cair drasticamente.

Na Makin, ajudamos grandes empresas a lançar MVPs com estratégia, cultura e estrutura técnica preparadas para experimentar com segurança.


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