Quais os maiores riscos de segurança em squads
Entenda quais são os maiores riscos de segurança em squads de tecnologia e como evitá-los com práticas modernas de DevSecOps, automação e cultura de responsabilidade compartilhada.
11/14/20255 min read


A pressa é inimiga da segurança. Em squads de tecnologia, onde o foco é entregar rápido, corrigir logo e evoluir o produto em ciclos curtos, a segurança muitas vezes fica para depois. O problema é que o “depois” costuma ser tarde demais.Vazamentos, ataques e falhas de acesso raramente são causados por hackers altamente sofisticados.
Na maioria das vezes, nascem de um simples descuido dentro do próprio time: uma variável de ambiente exposta, um log mal configurado, um repositório público com tokens esquecidos. Segurança não é uma etapa final do desenvolvimento. Ela deve ser um hábito incorporado desde o primeiro commit.
O erro invisível: quando o ritmo atropela a segurança
Squads modernos vivem sob pressão de prazos, OKRs e demandas de negócio. O foco é entregar valor. Mas a pressa gera atalhos. E os atalhos, brechas.
Quando testes de segurança são deixados para o fim da sprint, o custo de corrigir aumenta exponencialmente. É o que chamamos de “débito de segurança”: o acúmulo silencioso de riscos que passam despercebidos até o dia em que viram um incidente
Esse risco é agravado pela fragmentação: diferentes times mexendo em partes distintas do sistema, sem uma visão única do todo. Isso cria zonas cegas onde vulnerabilidades se escondem.
Dependências vulneráveis e o risco da cadeia de suprimentos digital
Cada pacote instalado traz junto o risco de conter vulnerabilidades. Bibliotecas desatualizadas, plugins de terceiros e frameworks sem manutenção são portas de entrada para ataques silenciosos.
Ferramentas de Software Composition Analysis (SCA) como Snyk ou Dependabot monitoram automaticamente dependências e alertam sobre versões inseguras.
Mas a automação só é eficaz quando o time se importa em manter o ciclo de atualização ativo. Segurança não é um evento, é um processo contínuo.
Falta de revisão de código e o efeito dominó
Sem revisão de código, o squad perde a oportunidade de detectar falhas antes da produção. Uma análise apressada ou inexistente permite que vulnerabilidades simples, como injeções SQL, XSS e exposições de endpoint cheguem ao ambiente do cliente.
Integrar ferramentas de code scanning diretamente na pipeline CI/CD é uma das formas mais eficazes de detectar falhas antes do deploy.
Modelos de IA, como copilotos de revisão, também ajudam a sinalizar más práticas, funções inseguras e brechas lógicas invisíveis ao olho humano.
Observabilidade e resposta: quando ninguém vê o problema
Um dos maiores riscos não é a falha em si, mas a incapacidade de percebê-la. Sem logs estruturados, métricas de segurança e alertas bem configurados, um incidente pode durar horas, ou dias, antes de ser detectado.
A observabilidade de segurança conecta logs de aplicação, rede e autenticação em um único painel. Isso permite identificar comportamentos anômalos e reagir rapidamente.
Ferramentas como Datadog Security Monitoring e AWS GuardDuty transformam dados dispersos em visibilidade em tempo real. Ver é o primeiro passo para se proteger.
Quando montar um time interno é o melhor caminho?
Se o projeto é estratégico, contínuo e ligado diretamente ao core da empresa, faz sentido investir na formação de um time próprio. A construção interna permite desenvolver talentos, formar lideranças técnicas e aprofundar o conhecimento sobre sistemas, processos e produtos específicos.
Esse modelo é indicado quando a empresa já tem uma estrutura de tecnologia madura ou quando deseja construir essa capacidade no longo prazo. Também é vantajoso em contextos onde a confidencialidade e o domínio técnico interno são críticos para a operação.
Cultura de segurança: o elo mais fraco ainda é humano
Nenhum firewall é mais forte que o comportamento do time. A cultura de segurança precisa estar na base da squad: treinamentos práticos, revisões compartilhadas e políticas de acesso com menor privilégio são essenciais.
Quando o desenvolvedor entende o “porquê” por trás das práticas, e não apenas o “como”, ele se torna parte ativa da defesa. Segurança deixa de ser obrigação e vira identidade.
O papel da IA e da automação
A automação é o melhor antídoto contra o esquecimento humano. A IA aplicada à segurança ajuda a revisar código, prever pontos de vulnerabilidade e detectar comportamentos fora do padrão antes que se tornem incidentes.
Modelos de machine learning analisam logs, correlacionam eventos e indicam onde há risco emergente. Isso reduz alertas falsos, acelera a triagem e permite que o time mantenha o foco no desenvolvimento sem comprometer a proteção.
Segurança não precisa ser sinônimo de burocracia, quando automatizada, ela se torna parte natural do fluxo.
Segurança é um hábito, não um projeto
Squads modernos não podem tratar segurança como uma etapa opcional. Ela precisa estar presente desde o primeiro commit até o deploy, como parte da cultura e do fluxo de desenvolvimento.
Ignorar pequenos riscos é o caminho mais rápido para grandes prejuízos. Integrar automação, IA e práticas de DevSecOps é o que transforma vulnerabilidade em resiliência e entrega rápida em entrega confiável.
Perguntas para o nosso CTO...
Quais são os riscos mais comuns em squads de tecnologia?
Os principais são credenciais expostas, dependências vulneráveis, falta de revisão de código, ausência de observabilidade e cultura de segurança negligenciada.
DevSecOps é obrigatório para reduzir riscos?
Não obrigatório, mas essencial. Ele integra segurança desde o início, automatizando verificações e criando responsabilidade compartilhada entre devs, QA e operações.
Como equilibrar velocidade e segurança?
Automatizando verificações, integrando análises no CI/CD e treinando o time para incorporar segurança sem travar o fluxo.
Pequenos squads também precisam se preocupar com segurança?
Sim. O tamanho do time não reduz o impacto de um incidente. Ferramentas leves e automações básicas já reduzem riscos significativamente.
IA realmente ajuda na segurança de código?
Sim. Modelos avançados detectam vulnerabilidades, sugerem correções e aprendem com o histórico do repositório, melhorando continuamente a proteção.
Segurança é responsabilidade do time ou da empresa?
De ambos. A empresa define políticas e infraestrutura; o time garante que cada entrega siga essas diretrizes no dia a dia.
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